quinta-feira, 13 de junho de 2013

LIXO NO LIXO




Esta semana tive uma grata e boa notícia, via TV (até que enfim!!).
Trata-se de uma Lei que foi (ou será?) instituída no Rio de Janeiro, multando quem jogar lixo no chão, pelas ruas. O valor dependerá do tamanho do lixo, do volume.
Para resíduos pequenos, que tenham tamanho igual ou menor ao de uma lata de cerveja, a multa é de R$ 157. Para resíduos maiores que uma lata de cerveja e menores que um metro cúbico, o valor sobe para R$ 392. O que for descartado de forma inadequada com tamanho acima de um metro cúbico custará ao infrator R$ 980.”


É motivo pra comemoração, mas não deveria.
É triste que tenham que criar uma Lei ( torçamos para que seja realmente cumprida e não apenas pra 'inglês ver') pra ensinar à população algo básico, como não jogar lixo nas ruas que ele próprio caminha! E o interessante é que essas mesmas pessoas que jogam lixo nas ruas, são as mesmas que ficam indignadas quando há uma greve dos garis.
Em países civilizados, isso já é regra há muito tempo, as pessoas tem essa consciência.


Certa vez conheci um francês. Estávamos passeando de carro e eu, distraidamente, abri uma bala e iria jogar o papel pela janela (sim, mea culpa! Tenho vergonha disso até hoje), quando ele segurou meu braço, interrompendo o gesto. Foi o que bastou e, desde então, nem mesmo um simples e inocente (?) papel de bala jogo fora da lixeira. Costumo carregar o lixo na bolsa (devidamente embrulhadinho), se não tem lixeira perto.
Já vi muita coisa nesse sentido, de jogar o lixo no chão, mas me choquei certa vez, quando vi alguém jogar de um ônibus quase um quilo (provavelmente, claro) de cascas de pinhão!! Como pode??!! Eu própria conto meu caso do papel de bala, mas tem muita diferença para um lixo deste tamanho, não? E latas de refrigerante e/ou garrafinhas de água que são arremessadas, de veículos em movimento, em plena BR? Nesse último caso, é até perigoso. É claro que nada justifica, não é pelo tamanho do lixo, mas por não se ter consciência do que isso implica na natureza, na nossa saúde, e na própria civilidade.

Na semana passada também vi uma matéria, em que no norte (ou nordeste, não sei), ribeirinhos estavam morando em palafitas que aprisionavam o lixo que vinha dos mangues, depois de uma enxurrada. Dizem que eles próprios é que jogavam esse lixo, que a natureza (sabiamente) estava devolvendo.


Continuo achando triste que se tenha que criar uma lei pra ensinar às pessoas um pouco de civilidade, mas vibro com a iniciativa. Isso é o começo do que (talvez) se propague em outras cidades do país e possamos, finalmente, ter esperança de que a humanidade ainda tenha jeito...