segunda-feira, 21 de maio de 2012

(IN) SEGURANÇA


Quando éramos crianças, muitos de nós já apelou para a mãe (ou para o pai) numa disputa com um irmão, não é? Queríamos que o adulto resolvesse nosso problema, arbitrasse a nosso favor. Isso era reconfortante, por que sabíamos que tínhamos a quem recorrer. Muitas vezes eles se isentavam, não estavam a fim de se envolverem em nossas confusões e litígios.

Na semana passada me senti novamente assim, mas estranhamente não tinha a quem recorrer.

Na verdade, acho que toda a população deve se sentir assim com relação a nossa (in) segurança pública.

Diariamente assisto ao jornal da RBS e eles estão fazendo uma campanha maciça sobre esse assunto, mostrando nossa vulnerabilidade.

Vamos começar pelos caixas eletrônicos. Existe uma gang (sempre quis escrever essa palavra) especializada em roubos a caixas eletrônicos no Estado e no Brasil.

E eles saem explodindo ou abrindo com maçarico esses caixas eletrônicos quase que diariamente. Na semana passada chegou ao ponto de 'amadores' (provavelmente) explodirem um caixa eletrônico que só emitia talões de cheques, não tinha dinheiro e era o único da agência. Além disso, os ladrões assaltaram por volta de nove e meia da noite (um horário não muito aconselhável, por ainda ser cedo) e não voltaram para buscar o que pretendiam roubar. A coisa está tão fácil que o crime está mesmo fazendo escola (só que esses faltaram a aula).


Mostra-se também na TV que a maioria dos estabelecimentos comerciais da Grande Florianópolis e municípios vizinhos é assaltada também com uma frequência enlouquecedora.

Os postos policiais foram praticamente todos desativados.

Há muito tempo não vejo policiais circulando pelas ruas.

Quando se convida os 'chefões' da polícia para entrevistas no Jornal do Almoço (RBS), eles invariavelmente se tornam ridículos com suas evasivas, por que sabem o que acontece, mas não podem falar (provavelmente).

A coisa está tomando um vulto tão grande, é tanta marginalidade solta que a gente se arrepia!

Os ' di menor', são os que mais cometem delitos, por que sabem da impunidade por causa da idade.


Outro dia, para um acerto de contas, dois adolescentes entraram num hospital e mataram um terceiro jovem, que estava internado.

Nós sempre estivemos reféns da marginalidade, mas nunca como agora!

E foi aí, que me senti como descrevi lá no início: para quem vamos apelar?


Se antes, com a polícia, já havia tantos crimes, agora que eles sabem que não tem 'efetivo' nas ruas, literalmente 'deitam e rolam'.

Antigamente a imprensa tinha força e, quando havia uma matéria destas, logo tinha repercussão, alguma providência era tomada. Mas agora as pessoas ficam apáticas, o poder público simplesmente finge ignorar, como se fosse um caso isolado e tudo fica por isso mesmo.

É uma sensação de desamparo, de desproteção. Ficamos impotentes e inseguros diante desse barbarismo todo e sem previsão de terminar, muito pelo contrário.

Isso causa uma perplexidade e uma frustração que nos faz pensar que realmente estamos caminhando para um beco sem saída.

E não dá nem pra chamar a mãe !


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