quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

2012


O que nos reserva 2012?
Não tenho a mínima ideia, mas como todos os anos (e como todo mundo), renovo minhas esperanças de que seja melhor do que o ano anterior.
É engraçado como a gente mede se um ano foi bom ou não pelo número de acontecimentos favoráveis, não? Óbvio que não poderia ser o contrário, mas acho interessante que o ano é bom quando atende nossas expectativas, quando alcançamos nossos sonhos e desejos. Normalmente é só o nosso mundinho que interessa. Se as coisas foram boas para mim, para minha família, meus amigos, então o ano foi bom. Não conseguimos ver que nas coisas ruins também pode haver um bem, que daquilo resulta muitas vezes uma pessoa melhor, ou o que nos parece ruim a principio, se transforma num benefício logo adiante.
Nossa vida é como uma colcha de retalhos, que vai sendo costurada dia-a-dia, mês-a-mês e ano-a-ano. Vamos adicionando os acontecimentos mais importantes e, quando olhamos pra trás, sempre lembramos em que ano aquilo aconteceu. O primeiro amor, casamento, filhos, separação, o primeiro carro, a primeira casa, o primeiro emprego, uma demissão, formatura, um acidente, uma morte de alguém querido...enfim! A maioria das pessoas lembra exatamente do ano em que tudo isso aconteceu. Tem gente que não se liga em datas e pode não lembrar de quando ocorreram certos acontecimentos, mas sempre tem um especial, que por algum motivo, essa pessoa lembra do ano.
Por isso é tão importante essa passagem, por que é uma noite mágica em que parece que passaremos de uma dimensão pra outra, de um estágio pra outro. Renovam-se as esperanças e tudo começa outra vez.
Novos retalhos serão costurados na nossa vida em 2012. Fica a curiosidade do que será.
No fim do ano, faremos novo balanço de vida. E assim sucessivamente.
Esses detalhes, esses retalhos, é que nos dão a dimensão de quem somos e do que queremos realmente ser. Não é com a soma das experiências que temos que seremos alguém, mas o que faremos com essa soma é que nos ajuda a construir essa pessoa que somos. Muito complexo? Essa frase não é minha, mas adaptei ( por que não é bem assim) pra conseguir repassar o que quero dizer.
Ou seja, é o modo como encaramos os acontecimentos que vai nos transformando na pessoa que somos ou que queremos ser.
Muitas vezes fazemos planos e, por uma série de razões, eles não se concretizam. Chega um momento em que é preciso parar, reavaliar os objetivos e perceber se estamos indo na direção certa ou devemos mudar. Isso sempre é feito em momentos decisivos em que o que queremos, ou o que estamos vivendo, já não está mais nos satisfazendo. É assim com que decide o rumo de um relacionamento, com uma doença séria, com quem decide sobre algo material, com quem decide ter ou não um filho, com quem decide estudar, com quem decide mudar seu corpo, com quem decide sobre um emprego, sobre mudar de casa, de cidade, de país...essas decisões costumeiramente são tomadas depois de pensarmos muito e nas opções que temos, nas escolhas que precisaremos fazer, nas renuncias, nos benefícios...
E fim de ano é a época ideal pra isso, por que não queremos, certamente, começar o ano seguinte da mesma maneira.
Isso nos impulsiona a tomarmos coragem pra mudança, muitas vezes adiada por muito tempo. Muitas vezes fazemos isso por anos, mas não com muita convicção, até que chega o dia que estamos prontos e tudo acontece. Envolve coragem, disciplina e um querer forte. Esse é momento.
Pra 2012, desejo principalmente renovação. Renovação de idéias, de conceitos, de metas.
Desejo que eu possa me transformar na pessoa que quero ser. Que possa ver meus defeitos com mais clareza e corrigi-los. Desejo que eu possa ser mais paciente e indulgente (ou tolerante, depende do caso). Desejo dar muita risada, me sentir sempre livre, inteira e com plena consciência de mim e do que ocorre ao meu redor.
Desejo que nosso planeta se torne um lugar melhor, que os que nascerem agora nos ajudem na evolução, no nosso aprimoramento, aperfeiçoamento, pra que aprendamos com eles e saiamos da ignorância. É por causa dela, do egoísmo e do orgulho que ainda nos arrastamos por aqui.
Queira Deus que 2012 não seja 'o ano que o mundo irá acabar' ( sinceramente, nunca acreditei nisso), mas seja o ano que ele irá se renovar. Que haja uma mudança de conceitos e de valores mundial e a raça humana comece finalmente a sair dessa escuridão.
Então, comecemos por nós mesmos!
Ei, 2012! Pode vir! Estamos prontos!

CRÔNICA POSTADA EM 22/12/2011












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