sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

OMISSÃO II



Um de meus 'leitores' (rs) me abordou com algumas colocações sobre a crônica da Omissão.
Me fez perceber a diferença entre 'omissão' e 'ousadia'. Juntos, descobrimos que muitas vezes, no afã de escrever, de me expressar, quero falar sobre muitas coisas e posso misturar tudo, talvez não conseguindo dar a dimensão real do que quero transmitir e até mesmo me contradizer.
Também há quem ache que sou muito incisiva, talvez até agressiva no modo de me expressar, mas isso é apenas o reflexo do quanto essas coisas me deixam indignada e do quão intensa sou. Talvez isso, esse jeito de ser ou escrever, consiga sacudir um pouco as pessoas e as tire da passividade.
O que quis dizer, de fato, foi que acho que o omisso podendo fazer não faz, se esquiva, se cala, não se compromete. Isso me angustia, me incomoda.
Já o ousado vai mais além. O ousado, além de não se omitir, congrega os outros a também não se omitirem. Depois que escrevi ontem a crônica, fiquei pensando num sem número de outras formas de dizer o que pensava, em exemplos. E percebi que se não conseguir me decidir por qual via de pensamento irei, fatalmente gerarei desassossego ou incompreensão daquilo que quero realmente falar.
Quando lembrei de pessoas não omissas, pensei nos exemplos dos grandes líderes, principalmente dos pacifistas, como Mandela, Gandhi, Madre Tereza, Martin Luther King. Mas esses poderiam ser considerados além de não omissos, de pessoas que ousaram lutar por uma causa, foram além.
O Dom Quixote que mencionei é um desses casos também. Além de não se omitir quando conclamado, ele impulsiona os demais a lutarem juntos. Quando na verdade, na maioria das vezes luta sozinho, justamente por causa das omissões. Isso, sim, de fato, me indigna, me deixa brava.
Por que não apoiarmos aquele que toma a frente, o ousado? Por que nos omitirmos?
Quantos exemplos diários temos de situações assim?
Por estas e outras que DIGO NÃO À OMISSÃO!

CRÔNICA POSTADA EM 24.03.2011

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