Estou assistindo ao filme O dia depois de amanhã. Mas, como sempre, não consigo fazer uma coisa de cada vez e estou também escrevendo esta crônica. Este filme eu vejo e revejo centenas de vezes, por que acho muito realista. Não tenho muita paciência pra filmes, principalmente no cinema, nem tampouco pra rever algum, mas tem aqueles que considero clássicos e acabo vendo e revendo. Esse é um deles.
O filme fala de aquecimento global e suas conseqüências (um pouco exageradas, mas bem possíveis). Sempre que assisto fico impressionada com algumas cenas que, pelo menos pra mim, já viraram ícones, quase cults.
São cenas como a dos soldados que caem de helicóptero e literalmente congelam ao sair. Ou de um tornado que arranca a metade de um prédio e o faxineiro abre a porta para o vazio. Ou ainda aquela em que o mar invade a cidade, submergindo a Estátua da Liberdade, cobrindo tudo e até um navio ‘passeia’ pelas ruas!
Ontem vi uma destas cenas de verdade na TV (pensando bem, acho que ando assistindo muita TV, não é, não?rs). Foi a tsunami no Japão. Que coisa catastrófica e cada vez mais comum nesse início de século! As cenas daquela água preta, invadindo, serpenteando, ‘abraçando’ cidade, me impressionaram bastante. Terrivelmente. Era o filme tornando-se triste realidade.
Quando se pensa nessas mortes coletivas, no drama dessas pessoas, no pós-desastre, é de enlouquecer! Quando a água baixa, aí, sim, é que começam os problemas!
Quantas coisas, Meu Deus, acontecendo, não? O mundo todo está sendo sacudido, como se a Terra estivesse num movimento de completa transformação, como se ela nos dissesse: Agora chega!
Dissesse, não! Gritasse! Estertorasse! Bradasse! Clamasse!
Das entranhas da Terra, cada vez mais aquecida, os movimentos são contínuos. Tudo se revolve, tudo está em ebulição. É isso. Um caldeirão! Um barril de pólvora!
E, como uma coisa leva à outra, como num imenso dominó, a Natureza se remexe e são muitos os terremotos, tsunamis, enchentes, deslizamentos...Nevascas nunca vistas, calor de quase 50 graus. O mar aquece, peixes morrem, o equilíbrio natural se perde. As geleiras podem se extinguir, assim como a Grande Barreira de Corais e isso, claro, trará consequências a outras formas de vida por todo o Planeta, inclusive a nossa própria, a do dito ser humano.
O aquecimento global é uma realidade e não sei se ainda dá pra fazer alguma coisa. Há estudos que dizem que o buraco na camada de ozônio (que nós mesmos fizemos) foi quem causou tudo isso. Outros dizem que isso aconteceria naturalmente por que é um processo da Terra, estejamos nela ou não. Seja qual for a causa, temo pelo futuro. Não quero parecer sombria ou pessimista, mas ver as cenas do filme tornando-se realidade a cada dia me assustam.
E aí fica a pergunta: como será O Dia Depois de Amanhã?
CRÔNICA POSTADA EM 2011
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