Minha amiga, Dona Libélula, tem um sério problema com nomes. Ela simplesmente não consegue memorizar os nomes das pessoas, mesmo daquelas com quem convive diariamente. Por conta disso, nos divertimos muito com ela. Há também os incontáveis casos de distração, como quando ligaram pro trabalho dela certa vez, procurando por um determinado funcionário. Ele não trabalhava no setor dela e a ligação tinha vindo por engano. Ela simplesmente disse à pessoa que o tal funcionário “não trabalha mais aqui”. E ele trabalhava! Sei lá por que cargas d'água ela achou que o tal funcionário não fosse mais funcionário, tivesse saído.
Encontrou um funcionário de nome Richard e disse alegre e simpática “ Oi, Charles!” e ele: “ Meu nome é Richard”...
Quando o funcionário é novo, então! É quase impossível ela lembrar!
Mas o hour concours mesmo foi a cena que se desenrolou num evento. Um funcionário seria homenageado, receberia uma medalha, e a solenidade, como não poderia deixar de ser, foi num local 'oficial', com muitas autoridades, os demais funcionários (da empresa dela e de outras), enfim, um povão!
Eis que o funcionário sobe ao palco para receber a medalha. Muitos assobios, palmas e muita alegria por ser ele pessoa querida de todos. Na euforia do momento, Dona Libélula não se contém e grita “Flávioooooo!!!” E uma outra funcionária, ao lado dela e colega de sala do homenageado, lhe sussurra ao ouvido: “ O nome dele é Chico...”
CRÔNICA POSTADA EM 2011
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