quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MAU HUMOR É CONTAGIOSO?




 
Hoje é segunda feira. Dia conhecido internacionalmente como o Dia do Mau Humor. Sou daquelas que também não gosta de segundas feiras, mas de uns tempos pra cá, resolvi entregar pra Deus e parar de ficar mau humorada com frequência. Isso é um exercício, sabe? Não é fácil!
Sou alegre e brincalhona, mas quando estou com calor ou sono, minha tendência é ficar mau humorada na sequência. Os dois juntos, então! Nem queiram ver!
Já fiz uma enquete uma vez, perguntando pras pessoas o que, das ' necessidades básicas', a faz ficar de mau humor: a) sono? b) fome? c) temperatura (calor ou frio) ? e d) ficar sem dinheiro?
Na maioria das vezes as pessoas me disseram que era fome. Às vezes, eram dois desses itens juntos. E aí fiquei matutando sobre isso. Pensei que muitas coisas nos deixam mau humorados e apenas resumi em itens ditos ' básicos' , mas por que pra uns é uma coisa e não outra? Por que não há um consenso? Por que a fome foi um dos ítens mais apontados? Talvez por que volta e meia vejo as pessoas ao meu redor (senão eu mesma) trocando receitas, descrevendo pratos. A comida deveria ser uma necessidade, mas na maioria das vezes é vista gastronomicamente, pelo prazer de comer. As pessoas valorizam muito isso. Todos nós temos gula com algum alimento, mas tem gente que é com todos, já percebeu? Pra essas pessoas a comida é um símbolo de satisfação e, ficar sem comer, os deixa irritados, mau humorados.
Como eu dizia lá no começo, nas segundas feiras é mais comum encontrarmos pessoas mau humoradas. Por que? Por que, imagino eu, é o dia que voltamos ao nosso cotidiano, ao trabalho, aos estudos, etc. Nem sempre estamos no lugar certo, nem sempre fazemos o queremos ou gostaríamos, e talvez isso deixe as pessoas mau humoradas. Talvez também por que saiam do descanso que é o fim de semana, do lazer, e voltem pro dever. Enfim! São só especulações.
Mas e quando estamos bem e precisamos conviver com alguém mau humorado?É aí que o bicho pega. Tento não me deixar contaminar, mas sou o tipo de pessoa muito atenta, muito sensível, ao humor alheio, me incomoda, me deixa tensa. Nessas horas tento descontrair o ambiente ou ser bem direta e perguntar: tu estás de mau humor? É uma forma de dar voz a pessoa e ela poder dizer o que a incomoda ou então de ela perceber que seu mau humor é visível e está afetando os outros (a mim, principalmente).
Dificilmente fico mau humorada também, mas não páro de pensar nisso, não páro de tentar me proteger de meus próprios pensamentos negativos e só nesse processo lá se vão minhas energias.
Ou seja, não fico mau humorada, mas cansada. Sei que energeticamente uma pessoa mau humorada suga as energias da gente e, se estamos sintonizados com ela, o processo se intensifica.
A questão pra mim nem é essa, mas a necessidade que tenho de desfazer aquele mau humor, de tentar que tudo fique bem outra vez. Freud explica.
Penso que deveríamos nos esforçar pra combater o mau humor, por que isso realmente contamina um ambiente.
Tem pessoas que são mau humoradas de carteirinha. Tinha uma colega de trabalho que não era exatamente mau humorada, mas tinha seus dias de 'dar piti ', de ' rodar a baiana' por nada. Ela falava parecendo sério, mas nós sabíamos que era brincadeira. Quando alguém chegava na sala e lhe dava bom dia, ela respondia: Bom dia só se for pra ti! E ríamos todos da cara do incauto.
Minha estratégia agora pra não me deixar contaminar pelo mau humor alheio é pensar sobre isso, pensar que aquela pessoa tem um temperamento assim ou assado, que tem seus problemas, que é imatura pra lidar com eles, que não consegue ver saídas e se refugia no mau humor...É também uma forma de egoísmo, por que essa pessoa está disseminando aquela energia ruim no local, pros familiares, amigos ou colegas. Ou a gente tenta conscientizá-la disso, ou tenta entendê-la e/ou ajudá-la. Não há muitas outras alternativas, visto que ignorar é difícil, é até outra forma de insensibilidade, de egoísmo também. Podemos até fingir pra nós mesmos que não estamos nem aí, não estamos nos importando, mas sabemos que não é assim. Uma vez que fizemos nossa parte, o resto é com o mau humorado e estamos dispensados de ajudá-lo.
Por estas e por outras que “ vive l'difference !”

CRÔNICA POSTADA EM 25.01.2012

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