sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

VIAJONA II





Estou sempre atualizando minhas distrações. E antes que alguém pense alguma coisa, já vou esclarecendo que não sou a famosa Dona Libélula, não. Esse é realmente o pseudônimo de uma amiga minha.
Bom, eu prometi no meu trabalho, para o pessoal da minha sala, que iria levar um bolo de milho que faço, que tem um creminho no meio e que fica muito gostoso. “Promessa feita, promessa cumprida!” Esse é o meu lema.
Como estivéssemos trabalhando apenas na parte da tarde, por estar em vigência nosso horário de verão, acordei cheia de energia pros afazeres domésticos da manhã. Muitas tarefas e pouco tempo. Essa combinação não costuma dar certo, ainda mais pra quem quer fazer tudo o que se propôs intimamente. O bolo é feito no liquidificador e costumo fazer a receita de memória (tanto que nem tenho anotada, sempre fiz assim). Pra não esquecer de nada, decorei a quantidade de ingredientes e costumo ir colocando e contando. Hoje não foi diferente. Percebi que faltavam o açúcar e o fermento. Peguei o fermento e percebi que estava no fim, dando no máximo pra mais um bolo. Deixei a embalagem bem a vista, pra não esquecer de comprar depois (ou de pelo menos anotar). Essa é outra tática que uso pra não esquecer do que está faltando na dispensa. Como sou esperta, hein?
A fôrma já pincelada, o bolo já batido, foi só colocar pra assar. Também gosto de ir lavando as louças que usei, enquanto o bolo assa. Acho que devemos otimizar o tempo e aproveitá-lo bem. Pra isso, me auto imponho muitas tarefas e vou encadeando uma à outra, quase sem descanso. Fico feliz em ver o quanto produzi, quando finalmente o dia acaba.
Na metade da louça, comecei a relembrar dos ingredientes novamentre (sei lá por que) e foi em choque que lembrei de ter esquecido do açúcar. E agora? Não me restava outra alternativa além de colocar o açúcar e novamente bater o bolo no liquidificador. Não ia ficar muito bom, imaginei, por que já tinha assado por uns 5 minutos, o óleo do fundo da forma misturando-se e o açúcar por último...Lavei a forma e o liquidificador e fiz o que decidi. O bolo assou e fiquei pensando que não deveria ter ficado mesmo bom, então seria melhor fazer outro pra levar. Não ia querer que meus colegas pensassem que o bolo ficava daquele jeito, afinal, tenho que manter minha reputação!
Outro bolo pronto, desta vez com todos os ingredientes checados (e o liquificador lavado pela terceira vez), foi só colocar pra assar. Ainda pensei: o forno está bem quente. Desta vez vai ser rápido. Saí da cozinha e fui fazer minhas outras tarefas. Depois de uns 10 minutos, fui ver o bolo, mas ele ainda estava bem branco e nem tinha crescido. Achei estranho, mas me despreocupei e continuei as tarefas. Quando passou cerca de meia hora, imaginei que já estaria pronto e foi em choque que vi os botões do forno elétrico desligados. Quem desligou??!! Pensei, indignada. Não foi difícil descobrir. Só eu estava em casa. Ou seja, nem havia ligado o forno!!
Liguei o forno e pensei se este pelo menos ficaria bom, por que ficou cerca de meia hora numa espécie de estufa, mas não havia tempo pra descobrir. Resolvi provar do primeiro bolo e achei que ele ficou com o açúcar na superfície, mas ficou bom. Decidi, então, levar os dois.
E seja o que Deus quiser!

CRÔNICA POSTADA EM 20.01.2012

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